são pássaros

Dizem que mais de metade (apx.60%) das espécies de aves de todo o mundo, pertence a este grupo. Também dizem que é o grupo mais moderno apesar dos seus 50 milhões de anos, mais coisa menos picos… Dizem ainda que as aves canoras pertencem à ordem dos passeriformes, e que por aqui em terras e ares de Tavira e do resto da Europa todos os pássaros são canoros.

Cecropis (Hirundo) daurica (Andorinha-dáurica)
Anthus pratensis (Petinha-dos-prados)
Phoenicurus phoenicurus (Rabirruivo-de-testa-branca)

Todos possuem um particular arranjo muscular nas suas siringes, de tal forma feliz que delas saem melodias que encantam e alimentam a alma.

Os mais privilegiados de entre nós, conhecem o(s) canto(s) de cada uma das espécies e por isso, antes de (ou mesmo sem) os ver, já sabem qual o pisco ou chasco ou chapim que por ali se esconde na vegetação.

Têm quase todos uma relação cúmplice dependente e afectiva com as plantas, esses magníficos seres verdes que nos sopram a vida e ela nos mantêm ligados.

Da carriça mais pequenina à maior pega, todos têm umas patas particularmente bem adaptadas ao hábito de se empoleirarem, com 3 dedos em direcção frontal e um quarto sempre em direcção oposta.

Saxicola torquatus (rubicola) (Cartaxo-comum)
Parus major (Chapim-real)
Oenanthe hispanica (Chasco-ruivo)
Galerida cristata (Cotovia-de-poupa)
Luscinia svecica (Pisco-de-peito-azul)
Erithacus rubecula (Pisco-de-peito-ruivo)

A forma variada dos seus bicos dá-nos uma ideia da sua dieta alimentar. Desde o bico fino e comprido apto para seleccionar o pequeno afídeo no caule de uma qualquer madressilva, ao mais adunco do picanço que se alimenta de animais bem maiores que as cochonilhas, ao mais curto e cónico do verdilhão capaz de partir o tegumento de uma semente de girassol, ou aos bicos ‘multifunções’ do gaio ou das pegas, há-os para todos os gostos.

Podemos vê-los desde as dunas e sapal até lá longe nas montanhas, porque ocupam habitats muito variados … e nisso somos ricos também.

Chloris (Carduelis) chloris (Verdilhão)
Sylvia melanocephala (Toutinegra-dos-valados)
Cisticola juncidis (Fuinha-dos-juncos)
Carduelis cardulelis (Pintassilgo)

Parte deles são migradores de Verão e vêm até nós para se reproduzirem, podendo a sua prole afirmar com brio, lá nas Áfricas para onde voltarão ciclicamente, que nasceram em Estragamantens, na Malhada do Judeu ou na Senhora da Saúde. As andorinhas marcam as proximidades do Equinócio da Primavera quando os dias já são maiorzinhos e os nossos sorrisos se vão alargando como os dias também.

Sentar numa pedra e encher os pulmões do ar fresco da manhã, e a alma com os trinados do rouxinol… assistir aos banquetes de medronho servido aos pintassilgos por entre cachos de flores brancas… e às deambulações da trepadeira-azul nos ramos de uma velha azinheira… sentirmo-nos espiados pelo pisco atento…

Phylloscopus collybita (Felosa-comum)
Oriolus oriolus (Papa-figos)
Passer domesticus (Pardal-comum ; Pardal-de-telhado)
Cyanopica cyanus (cooki) (Pega-azul ; Charneco)

Vale a pena.

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